A empresa europeia AFRY começou a semana anunciando ter conquistado um contrato para executar os serviços de engenharia básica na Refinaria de Petróleo Riograndense, localizada em Rio Grande (RS). A Petrobrás planeja converter essa planta em uma unidade voltada apenas para a produção de biocombustíveis a partir de óleos vegetais.

　　A AFRY, fruto da fusão entre a ÅF e a Pöyry, foi escolhida para atuar nas unidades do OSBL (Outside Battery Limits) e na integração das unidades do ISBL (Inside Battery Limits) da planta. O escopo abrange serviços de engenharia básica (Front End Loading – FEL 3) para o OSBL, para as unidades auxiliares e edifícios externos exigidos pelo projeto, sempre considerando a sinergia com a refinaria.

　　O contrato também prevê apoio à refinaria na supervisão, coordenação e integração das unidades de engenharia básica via processo de hidrogenação (planta de HEFA, unidade de geração de hidrogênio, planta de pré-tratamento e unidade de tratamento de águas ácidas) dentro dos limites de bateria (ISBL) desenvolvidas por outros fornecedores da tecnologia. A data prevista para a conclusão dos serviços é novembro de 2025.

　　O vice-presidente da AFRY no Brasil para Indústrias, Energia, Infraestrutura e Logística, Edemilson Oliveira, disse estar muito satisfeito com a seleção para a execução da engenharia básica dessa futura biorrefinaria, que será a primeira do país a operar com matéria-prima 100% renovável proveniente de óleos vegetais e com flexibilidade de vários feedstocks.

　　Além disso, a Refinaria Riograndense conseguiu realizar com sucesso, na semana passada, o teste de coprocessamento de 5% de óleo de pirólise de biomassa ou bio-óleo (matéria-prima de biomassa não alimentar) com carga mineral, tornando-se a primeira do país em condições de produzir combustíveis com conteúdo celulósico.