Em 31 de outubro, a AGL Energy, uma das principais produtoras de energia da Austrália, anunciou ajustes em alguns cargos como um passo estratégico rumo à transição para energia limpa. Esses ajustes afetam funções de gestão e operação nas usinas de Bayswater e Loy Yang A. O Sindicato dos Trabalhadores da Mineração e Energia (Mining and Energy Union) afirmou que o plano de transformação da AGL Energy envolve aproximadamente 300 mudanças de emprego.

Um porta-voz da AGL Energy declarou: “À medida que transformamos nosso portfólio de negócios e conectamos nossos clientes a um futuro sustentável, precisamos garantir que nossos negócios hoje permaneçam eficientes e competitivos neste mercado em constante evolução, enquanto continuamos investindo em nossos negócios futuros”. O porta-voz não especificou o número exato dos aproximadamente 4.200 funcionários da empresa afetados, mas enfatizou que a comunicação com os funcionários seria transparente e respeitosa.

Como uma medida concreta da transformação da AGL Energy, a empresa também anunciou, no mesmo dia, um investimento de A$ 185 milhões para a compra de quatro turbinas a gás da Siemens para uso em sua usina de pico em Kwinana, Austrália Ocidental. A AGL Energy havia declarado anteriormente seu plano de investir até A$ 20 bilhões nos próximos dez anos na construção de instalações de energia limpa e armazenamento de energia para substituir gradualmente as usinas termelétricas a carvão existentes.

Em um comunicado, Graham Kelly, Secretário-Geral do Sindicato da Mineração e Energia (Mining and Energy Union), afirmou que os trabalhadores de usinas termelétricas a carvão estão enfrentando pressão devido às mudanças nos cronogramas de fechamento de usinas, e os planos de reestruturação de cargos no final do ano tornam a situação ainda mais desafiadora. A AGL Energy, uma das maiores emissoras de carbono do setor elétrico australiano, está passando por uma transformação em seus negócios por meio da modernização de equipamentos e da otimização de sua matriz energética.