Hoje, a presidente do México, Claudia Sheinbaum, anunciou o plano de aumentar a importância da empresa estatal de petróleo do México no setor petrolífero e petroquímico do país. Ela propôs um plano de autossuficiência na oferta de produtos petroquímicos, com o objetivo de expandir a capacidade de produção desses produtos.

　　O cerne do plano é a reativação de duas usinas petroquímicas pertencentes à empresa estatal. São a Usina Petroquímica Cangrejera, localizada no estado de Veracruz, e outra usina localizada no estado de Morelos. Segundo o plano, até 2030, a empresa estatal vai aumentar a capacidade de produção anual de 250 mil toneladas de etileno oxiído, 690 mil toneladas de polietileno e 330 mil toneladas de aromáticos. Além disso, o plano propõe substituir a importação de produtos químicos e petroquímicos estratégicos valendo 14 bilhões de dólares por produtos nacionais, principalmente através da cobrança de novos impostos alfandegários e do incentivo ao investimento privado.

　　Os dados da Associação Nacional da Indústria Química do México mostram que, em 2023, a demanda aparente de produtos petroquímicos no México foi de 11,8 milhões de toneladas, e quase três quartos disso eram importados. Em comparação com 2022, a produção nacional do país diminuiu em 2023, enquanto a demanda aparente e as importações aumentaram consideravelmente. A empresa estatal afirma que seus produtos podem substituir, em grande medida, os produtos importados. Miguel Benedetto, responsável da Associação Nacional da Indústria Química do México, destacou: "Nas últimas 20 anos, o mercado de produtos químicos no México cresceu a uma taxa superior a 5% ao ano. No entanto, devido ao relativo estagnamento da produção nacional, as importações aumentaram muito, triplicando em 20 anos". Benedetto acredita que o México pode se tornar novamente um dos dez maiores produtores de petroquímicos do mundo, com base na indústria petroquímica dos anos 90 do século passado.

　　Em 12 de fevereiro deste ano, a empresa estatal divulgou um plano de investimento de 20 bilhões de pesos mexicanos (cerca de 975 milhões de dólares), com o objetivo de aumentar a produção de produtos petroquímicos nos próximos 6 anos. Esse dinheiro virá do orçamento de investimento da empresa estatal e também será coletado por meio de projetos de parceria público - privada.