Em janeiro, o fluxo global de petróleo transportado por via marítima caiu drasticamente, com a queda acentuada nas exportações de petróleo do México e do Brasil sendo o principal fator. Essa tendência gerou preocupações sobre a estabilidade do fornecimento de petróleo, especialmente no contexto da iminente imposição de tarifas sobre importações de petróleo pelos dois maiores consumidores mundiais – os Estados Unidos e a China.
De acordo com dados compilados pela Bloomberg a partir do rastreamento de navios e da indústria, a exportação diária de petróleo bruto do Brasil e do México em janeiro foi reduzida em mais de 600 mil barris em comparação com dezembro. Como resultado, as exportações globais de petróleo por via marítima caíram em 1,3 milhão de barris por dia, marcando o segundo mês consecutivo de queda significativa.
Atualmente, o volume total de embarques globais de petróleo foi ajustado para 37,81 milhões de barris por dia, enquanto em novembro esse número ainda era de 40 milhões de barris por dia. As exportações de petróleo bruto da Argélia, do Iraque e da África Ocidental também registraram quedas acentuadas, e o volume de petróleo exportado pelo Cazaquistão através do terminal CPC também diminuiu. No entanto, as exportações do petróleo russo Ural, de categoria principal, aumentaram.
A Agência Internacional de Energia prevê que, em 2025, haverá um excedente de 725.000 barris por dia na oferta e demanda de petróleo. Essa previsão destaca ainda mais a instabilidade do mercado atual de exportação de petróleo. A correlação entre exportação e produção tem sido fraca nos últimos meses, o que significa que a situação futura do fornecimento de petróleo pode ser ainda mais imprevisível.
Com a contínua queda nas exportações globais de petróleo, os países precisam monitorar de perto as dinâmicas do mercado para garantir a estabilidade e a segurança do fornecimento de energia. Além disso, os países consumidores de petróleo devem considerar estratégias para lidar com a iminente implementação de tarifas sobre a importação de petróleo, a fim de assegurar suas necessidades energéticas.









