O setor solar tem se mostrado mais aberto às mulheres em comparação com muitas outras indústrias tradicionais. Durante anos, muitas mulheres, como eu, estivemos em espaços dominados por homens. No entanto, com o crescimento da indústria solar, superando a energia eólica e outras tecnologias renováveis, as mulheres começaram a encontrar mais oportunidades e um maior senso de pertencimento. Hoje, vemos mulheres instalando painéis fotovoltaicos, liderando comunidades energéticas e participando de conselhos diretores, moldando o futuro da energia limpa.

Embora tenhamos feito progresso, ainda há muito trabalho para garantir que as mulheres ocupem cargos de liderança e tomada de decisão. Quando entrei no setor de energia renovável, era quase sempre a única mulher presente. Já no início dos anos 2000, começamos a ver mais engenheiras mulheres se candidatando.
Minha jornada começou depois de terminar meus estudos nas Ilhas Canárias, na Espanha. Com um auxílio europeu, trabalhei no Centro de Energia Renovável na Grécia. Depois, assumi vários cargos gerenciais, sempre buscando equilíbrio de gênero em minhas equipes. Mas mudar a realidade do setor como um todo foi um desafio maior.
Uma das maiores desigualdades que enfrentei foi a diferença de salários entre homens e mulheres em cargos semelhantes. Felizmente, em um caso, o salário foi ajustado.
Após a crise econômica e de energia na Europa, mudei de direção profissional e co-fundei a Electra Energy Cooperative na Grécia. Desde 2016, sou a presidente dessa cooperativa, com o objetivo de capacitar os cidadãos a produzir e consumir sua própria energia renovável.
Minha carreira mostra a importância de continuar trabalhando para criar um setor de energia renovável verdadeiramente inclusivo e equânime. A energia renovável envolve pessoas, comunidades e a missão compartilhada de construir um futuro sustentável para todos, e as mulheres devem estar presentes em todos os níveis.









