Refinaria da Petrobras testa coprocessamento de óleo vegetal com matéria-prima tradicional para produção de SAF
2025-09-18 16:31
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Na primeira semana de setembro, a Petrobras realizou testes na Refinaria Henrique Lage (Revap), em São José dos Campos, São Paulo, para a produção de querosene de aviação sustentável (SAF). O processo envolveu o coprocessamento de óleo vegetal com fluxos tradicionais de petróleo, marcando um passo importante na estratégia brasileira de expansão da produção de combustíveis renováveis.

O SAF é considerado uma alternativa prática ao querosene de aviação convencional, pois pode ser usado diretamente em aeronaves sem a necessidade de modificações nos motores ou na infraestrutura de abastecimento. Essa compatibilidade o torna uma solução imediata para a redução de emissões no setor de aviação.

Durante o teste na Revap, óleo vegetal foi adicionado à produção de querosene de aviação (QAV), atingindo um teor renovável de até 1,2%. Segundo o gerente geral da Revap, Alexandre Coelho Cavalcanti: “Esta é uma abordagem de menor investimento para a produção de combustíveis com conteúdo renovável, pois utiliza ativos existentes”. Sua declaração destaca o benefício de adaptar as instalações atuais para incorporar matérias-primas renováveis ​​sem a necessidade de novas construções extensas.

O desenvolvimento desta rota tecnológica é particularmente relevante no contexto das futuras exigências do mercado. A partir de 2027, as companhias aéreas brasileiras serão obrigadas a incluir SAF em sua matriz de combustíveis, de acordo com a Lei dos Combustíveis do Futuro e a fase obrigatória do programa CORSIA da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI), que visa reduzir e compensar as emissões de CO₂ da aviação internacional.

A Petrobras enfatizou a importância estratégica dos testes. William França, Diretor de Processos Industriais e Produtos da Petrobras, afirmou: “A iniciativa demonstra o compromisso da Petrobras com a inovação e a sustentabilidade, preparando-se para atender às futuras demandas de um setor de aviação mais sustentável.” Seus comentários posicionam os esforços da empresa como um marco tecnológico e uma contribuição para os objetivos climáticos globais.

Além dos testes da Revap, a Petrobras obteve recentemente a aprovação para integração de conteúdo renovável em outra unidade. A Refinaria Duque de Caxias (Reduc), no Rio de Janeiro, recebeu autorização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para incorporar até 1,2% de matéria-prima renovável na produção de SAF. A refinaria deverá iniciar a produção para comercialização nos próximos meses, fortalecendo ainda mais o papel da Petrobras no fornecimento de combustíveis renováveis.

Essas iniciativas refletem o foco mais amplo da Petrobras em inovação e adaptação às tendências de transição energética. Ao alavancar métodos de coprocessamento, a empresa busca equilibrar a integração de energias renováveis ​​com a eficiência de custos, atendendo tanto aos requisitos nacionais quanto às metas internacionais de sustentabilidade da aviação. O progresso na Revap e na Reduc demonstra como a infraestrutura existente pode ser utilizada de forma eficaz para fornecer soluções de combustíveis renováveis, mantendo a estabilidade operacional e a prontidão para o mercado.

Por meio desses avanços, a Petrobras se posiciona como uma importante colaboradora para o desenvolvimento de combustíveis sustentáveis ​​para aviação no Brasil, alinhando-se às regulamentações futuras e expandindo seu papel na redução de emissões na indústria global de aviação.

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