O governo holandês anunciou que fornecerá cerca de € 1 bilhão (US$ 1,18 bilhão) em subsídios para apoiar o desenvolvimento de parques eólicos offshore com capacidade combinada de 2 GW. A decisão ocorre após a suspensão temporária de licitações no início deste ano, uma vez que os construtores expressaram preocupações sobre a viabilidade econômica de tais projetos sem o apoio estatal.
Em 2023, a Holanda revisou seu cronograma para a expansão da energia eólica offshore. A meta anterior de atingir 21 GW até 2030 foi estendida para 2032, citando o aumento dos custos e as restrições da cadeia de suprimentos. Apesar desse ajuste, o governo continuou a avançar com os projetos. Em junho de 2023, foram emitidas licenças para a construção de um parque eólico offshore de 4 GW localizado ao longo da costa oeste. Dois consórcios foram selecionados para desenvolver essas instalações, refletindo o progresso contínuo no desenvolvimento de energias renováveis em larga escala.

O Ministério do Clima e Crescimento Verde anunciou novas mudanças em julho de 2024, revisando as metas nacionais de capacidade eólica offshore. A meta de 50 GW até 2040 foi reduzida, e surgiram questões sobre a viabilidade de atingir 70 GW até 2050. Essas revisões foram delineadas no Plano de Infraestrutura de Energia Eólica do Mar do Norte, uma estrutura baseada em avaliações de mercado recentes e destinada a orientar decisões de longo prazo sobre infraestrutura de energia offshore.
As autoridades observaram que, embora o plano de subsídios reflita as realidades atuais do mercado, o governo continua comprometido em promover a energia eólica offshore como um componente-chave de sua estratégia energética. O financiamento proporcionará segurança financeira aos desenvolvedores, garantindo a continuidade dos projetos e ajudando a atrair mais investimentos. O apoio também visa estabilizar o setor, que tem enfrentado incertezas relacionadas ao aumento dos custos de materiais, logística e mão de obra.
A estratégia do governo holandês equilibra o apoio imediato com o planejamento de longo prazo. Ao garantir o financiamento para os projetos de 2 GW, o objetivo é salvaguardar o progresso em direção a objetivos mais amplos de energia eólica offshore, mesmo com o ajuste das metas. A decisão também aborda preocupações sobre a estabilidade do investimento e o potencial impacto de atrasos tanto no fornecimento doméstico de energia quanto nos compromissos ambientais europeus.
Analistas do setor observam que os subsídios ajudarão a manter o ritmo do setor eólico offshore em um momento em que as condições de mercado são desafiadoras. Os desenvolvedores, enfrentando a inflação de custos e as pressões na cadeia de suprimentos, alertaram que os projetos poderiam estagnar sem assistência estatal. A ação do governo é, portanto, vista como uma medida para garantir o crescimento contínuo da implantação de energias renováveis, reduzindo os riscos para os investidores privados.
No geral, a alocação de subsídios marca um passo significativo na abordagem dos Países Baixos para o desenvolvimento da energia eólica offshore. Embora as metas de capacidade de longo prazo tenham sido revisadas, as novas medidas financeiras reforçam o compromisso do país em apoiar a infraestrutura de energia renovável, garantindo tanto a viabilidade do projeto quanto as contribuições para metas climáticas e energéticas mais amplas.









