ETH Zurique realiza impressão 3D de tecido muscular em ambiente de microgravidade
2025-11-03 15:42
Fonte:ETH Zurich
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Uma equipe de pesquisa do Instituto Federal de Tecnologia de Zurique (ETH Zurich) conseguiu realizar com sucesso a impressão 3D de tecido muscular complexo em condições de microgravidade. Essa conquista tecnológica abre novas possibilidades para testes de medicamentos e pesquisas sobre doenças em missões espaciais. Os resultados foram publicados na revista Advanced Science.

A exposição prolongada dos astronautas à microgravidade causa degeneração muscular. Para criar modelos de estudo mais realistas, a equipe liderada pelo Dr. Paas Chandoria utilizou voos parabólicos para gerar um ambiente de microgravidade temporário, empregando o sistema de biofabricação desenvolvido internamente, denominado G-Flight. A formulação da biotinta desenvolvida permite gerar tecido muscular funcional em apenas 30 segundos sob ausência de gravidade.

Os resultados mostraram que a microgravidade ajuda a evitar deformações estruturais causadas pela gravidade terrestre. Segundo o Dr. Chandoria: “Sob gravidade normal, o peso das células na biotinta faz com que a estrutura colapse antes da solidificação. A microgravidade elimina essa interferência, permitindo reproduzir com precisão o alinhamento das fibras musculares do corpo humano.” Os testes confirmaram que o tecido impresso no espaço apresentou vitalidade celular e densidade de fibras equivalentes às amostras produzidas na Terra.

Essa tecnologia de manufatura em órbita abre um novo caminho para a pesquisa biomédica espacial. O tecido muscular impresso com precisão pode ser usado para simular condições como atrofia muscular induzida por microgravidade e distrofias musculares, oferecendo uma plataforma mais confiável para avaliação da eficácia de medicamentos. O sistema G-Flight, com sua capacidade de armazenar biotinta por longos períodos, também se mostra adequado para futuras aplicações em estações e plataformas orbitais.

A pesquisa representa um avanço significativo na engenharia de tecidos espaciais. A possibilidade de fabricar organoides humanos diretamente em ambiente espacial aprofundará a compreensão dos mecanismos das doenças e impulsionará o desenvolvimento de novas terapias.

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