Uma equipe de pesquisa da Universidade Estadual da Pensilvânia fez um novo avanço no campo da eletrônica vestível, desenvolvendo um método escalável e multifuncional para projetar e fabricar sistemas eletrônicos conectados sem fio. Este método utiliza folhas termorretráteis como substrato e imprime padrões de metal líquido, permitindo que os sistemas eletrônicos se adaptem melhor a superfícies tridimensionais, como o corpo humano ou objetos domésticos. Isso abre novas possibilidades para monitoramento de saúde e automação residencial, como poltronas inteligentes que podem monitorar e corrigir a má postura. As descobertas relevantes foram publicadas na revista *Science Advances*.

O líder da equipe, Huanyu Cheng, explicou que este método é de baixo custo e permite a fabricação de produtos eletrônicos personalizáveis, deformáveis e conectados em rede, o que deve promover a ampla aplicação desses dispositivos. Ele destacou que o desafio atual na área é fabricar dispositivos que sejam facilmente personalizáveis, possam ser aplicados a superfícies de forma livre e possam se comunicar sem fio, e o novo método resolve esse problema. O coautor Yangbo Yuan mencionou que os métodos de fabricação existentes para produtos eletrônicos vestíveis e conectados em rede são complexos, limitando a escalabilidade e a relação custo-benefício, enquanto o novo método é mais vantajoso.
Para aplicar os circuitos a polímeros, a equipe superou muitos desafios. Os metais tradicionais são caros e rígidos demais para suportar o processo de contração. A equipe, que já havia utilizado metal líquido em estruturas extensíveis, vislumbrou seu potencial para aplicações inversas. Em colaboração com o Professor Shi Feifei, eles realizaram experimentos em uma câmara de vidro preenchida com argônio, observando o fluxo do metal líquido. Aprimoraram a adesão e a condutividade encapsulando e dispersando gotículas de metal líquido com ultrassom e produtos químicos, e promoveram ainda mais a formação de ligações de hidrogênio por meio do tratamento com plasma de folhas de plástico. Os testes mostraram um aumento de 20% na adesão.
A equipe de pesquisa criou circuitos imprimindo tinta preta, utilizando luz infravermelha próxima para guiar o material termoencolhível até atingir o formato desejado. Eles também fabricaram uma antena mais compacta, reduzindo os custos de produção e demonstrando seu potencial para transformar casas inteligentes. Como prova de conceito, a equipe desenvolveu um anel vestível com um acelerômetro em miniatura integrado, capaz de capturar e transmitir gestos das mãos.
Cheng Huanyu afirmou que a equipe está considerando planos futuros, incluindo colaborações com pesquisadores da Faculdade de Engenharia e da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual da Pensilvânia para aprimorar o design da antena, explorar aplicações biomédicas e fabricar dispositivos de monitoramento de pacientes personalizados e de baixo custo.














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