Um novo estudo da Universidade de Copenhague revelou uma nova abordagem para combater a desinformação nas redes sociais: ao aumentar a dificuldade de compartilhamento de conteúdo e introduzir elementos educativos, a disseminação de notícias falsas e desinformação pode ser efetivamente reduzida. O estudo aponta que plataformas de redes sociais como Facebook, Instagram e X, com suas práticas funções de curtir e compartilhar, facilitam a disseminação de diversos tipos de conteúdo, incluindo desinformação. Esse tipo de conteúdo costuma se espalhar rapidamente nas redes sociais devido à sua natureza sensacionalista, em parte porque os algoritmos das plataformas tendem a impulsionar publicações com grande alcance.

Para lidar com esse problema, pesquisadores da Universidade de Copenhague propuseram a introdução de pequenas pausas, ou fricção digital, durante o processo de compartilhamento, como mensagens pop-up, para fazer com que os usuários considerem a veracidade do conteúdo antes de clicar no botão de compartilhar. Um modelo computacional desenvolvido pela doutoranda Laura Jahn e pelo professor Vincent F. Hendrix simulou como a informação se espalha nas redes sociais, e os resultados mostraram que a fricção digital reduz efetivamente o número de vezes que o conteúdo é compartilhado. O professor Hendrix afirmou: "Nossa ideia é introduzir uma breve pausa durante o processo de compartilhamento, permitindo que as pessoas reflitam sobre o que estão compartilhando antes de clicar no botão."
No entanto, o estudo também aponta que simplesmente aumentar a fricção não é suficiente para melhorar a qualidade do conteúdo compartilhado. Para isso, os pesquisadores incorporaram elementos de aprendizado ao modelo, como pequenos questionários em janelas pop-up, projetados para incentivar os usuários a refletirem sobre seu comportamento e reduzirem o compartilhamento de publicações problemáticas. O modelo mostrou que, quando a fricção digital foi combinada com elementos de aprendizado, a qualidade média das publicações compartilhadas melhorou significativamente. Os pesquisadores planejam testar ainda mais essa estratégia em ambientes reais, colaborando com gigantes da tecnologia para observar se o engajamento do usuário com conteúdo de baixa qualidade diminui e se sua capacidade de identificar desinformação melhora. Caso a colaboração com as principais plataformas não seja possível, eles utilizarão plataformas de simulação para a pesquisa.














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