O vice-presidente executivo de Produção e Operações da BP, Gordon Birrell, declarou em um recente relatório para investidores do setor upstream que a empresa está "intensamente focada no desenvolvimento da próxima geração de tecnologias".

Birrell destacou que os avanços em imagem e processamento sísmico permitem à BP criar gêmeos digitais inovadores do subsolo, reduzindo a incerteza geológica antes da perfuração e gerando mais valor. No campo da automação de sondas e perfuração, a BP pretende expandir a automação de sua frota de sondas, utilizando análise de dados para otimização da perfuração e detecção precoce de eventos inesperados. Além disso, a empresa está ampliando o uso de inteligência artificial e computação de alto desempenho no planejamento de novos poços. Por exemplo, no Azerbaijão, a BP reduziu o tempo de projeto de um poço de meses para apenas algumas semanas.

Por meio de sua parceria com a Palantir, a BP está aprimorando suas capacidades de análise preditiva, combinando dados não estruturados para antecipar falhas de equipamentos, aumentando a confiabilidade das instalações e permitindo intervenções antecipadas. Em setembro do ano passado, a BP e a Palantir assinaram um acordo estratégico de cinco anos para a implementação de novas funcionalidades de inteligência artificial. Desde 2014, o software da Palantir tem sido amplamente utilizado nas operações de produção de petróleo e gás da BP.

Em resposta a preocupações sobre uma possível perda de capacidade técnica e operacional, Birrell garantiu que a BP mantém o mesmo número de engenheiros e geocientistas desde 2019. Graças a fluxos de trabalho ágeis e maior eficiência digital, a equipe agora realiza um volume maior de trabalho. A BP continua na vanguarda da imagem sísmica, sendo capaz de simular milhares de cenários subterrâneos para melhorar a compreensão dos riscos e otimizar a tomada de decisões.

Na área de perfuração, a automação e as tecnologias de orientação geológica em tempo real estão ajudando a BP a minimizar o tempo não produtivo e aumentar a precisão da direção de perfuração, maximizando a recuperação de recursos. A BP já instalou sensores acústicos em mais de 400 poços offshore para monitorar continuamente a intrusão de areia, permitindo intervenções proativas e evitando paralisações onerosas.

Além disso, a BP anunciou uma "estratégia de reestruturação fundamental", que inclui uma significativa reconfiguração de capital e medidas para melhorar o desempenho financeiro, com foco no aumento do fluxo de caixa livre, na valorização dos acionistas e na expansão dos negócios de upstream. Como parte dessa estratégia, a BP planeja investir cerca de US$ 10 bilhões anualmente em petróleo e gás até 2027 e projeta que sua produção de petróleo aumentará para 2,3 a 2,5 milhões de barris por dia até 2030, com capacidade adicional até 2035. Até o final de 2027, a BP prevê a inauguração de 10 novos projetos de grande escala.