O vice-presidente de Inteligência Artificial Geral (AGI) da Amazon, Vishal Sharma, declarou no Mobile World Congress (MWC) 2025 que a inteligência artificial já está profundamente incorporada em todas as áreas da empresa. Segundo ele, a Amazon opera atualmente cerca de 750.000 robôs, desempenhando funções que vão desde a triagem em armazéns até operações autônomas. Além disso, o Alexa se consolidou como o produto de IA doméstica mais amplamente utilizado no mundo. Sharma destacou que a IA generativa e aprimorada já afeta todas as operações da Amazon, desde a computação em nuvem da Amazon Web Services (AWS) até as aplicações voltadas para o consumidor.
Em dezembro do ano passado, a AWS lançou a série Nova de modelos de IA generativa multimodal, incluindo quatro ferramentas de geração de texto, testadas em benchmarks públicos e adaptáveis às diferentes necessidades do mercado. Sharma enfatizou a necessidade de o Alexa garantir respostas rápidas e precisas, evitando erros críticos, como interpretações equivocadas de comandos sensíveis, por exemplo, "abrir a porta dos fundos".
Ele também contestou a ideia de que modelos de código aberto podem reduzir significativamente a demanda por capacidade computacional, argumentando que a crescente complexidade das aplicações exigirá cada vez mais inteligência. O serviço Bedrock da AWS permite que empresas alternem entre diferentes modelos fundamentais, incluindo soluções como o DeepSeek, da China, refletindo a estratégia globalmente flexível da Amazon. Além disso, a empresa investiu US$ 8 bilhões na Anthropic para desenvolver cargas massivas de computação em IA usando os chips Trainium 2.
Sobre o recente lançamento do Grok 3 pela xAI de Elon Musk e a construção de um data center equipado com 200.000 GPUs, Sharma afirmou que a capacidade computacional será o elemento central do futuro da IA. Ele também rebateu críticas de que a Amazon estaria ficando para trás na corrida da IA, ressaltando que a empresa acumula 25 anos de inovação na área e que atualmente o Alexa opera com mais de 20 modelos de IA sofisticados.
Questionado sobre se as tensões entre os EUA e a União Europeia poderiam levar empresas europeias a buscar alternativas em IA generativa, Sharma respondeu que questões geopolíticas fogem de sua especialidade, mas destacou que a inovação tecnológica sempre se ajusta aos incentivos de mercado. Ele reiterou o compromisso da Amazon com uma abordagem centrada no cliente e aberta à adoção de tendências tecnológicas de ponta para garantir competitividade.









