De acordo com o relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) em 7 de março de 2025, os preços de referência dos produtos alimentícios globais (incluindo os preços dos grãos) aumentaram 1,6% em fevereiro de 2024. O Índice de Preços de Alimentos (FPI) da FAO acompanha a variação mensal dos preços internacionais de uma série de produtos alimentícios comerciais globais, com uma média de 127,1 pontos em fevereiro, o que representa um aumento de 8,2% em comparação com fevereiro de 2024.

Este aumento foi principalmente impulsionado pelo Índice de Preços do Açúcar da FAO, que, após três meses consecutivos de queda, subiu 6,6% em relação a janeiro, atingindo 118,5 pontos. O aumento foi causado pela preocupação de que o fornecimento global de açúcar para o ano 2024-25 possa ser apertado, principalmente devido à previsão de menor produção de açúcar na Índia e às condições climáticas adversas no Brasil que afetaram as lavouras.

Variação nos Preços dos Grãos e Outros Produtos Alimentícios

• Preços dos Grãos: O Índice de Preços dos Grãos da FAO (CPI) subiu ligeiramente 0,7%, com uma média de 112,6 pontos. O aumento no preço do trigo foi impulsionado pela escassez de oferta da Rússia e pela preocupação com as condições das lavouras no Leste Europeu e na América do Norte, embora o índice geral tenha ficado ligeiramente abaixo do nível de fevereiro de 2024.
• Milho: Os preços globais do milho continuaram a subir devido à escassez de oferta no Brasil, à deterioração das lavouras na Argentina e à forte demanda por exportações dos Estados Unidos.
• Outros Grãos: O preço mundial da cevada e do sorgo também registrou aumento.
• Arroz: O Índice de Preços do Arroz da FAO caiu 6,8%, devido à oferta abundante de exportação e à demanda fraca de importação.

Outros Produtos Alimentícios

• Óleos Vegetais: O Índice de Preços de Óleos Vegetais da FAO foi de 156 pontos, subindo 2% em relação a janeiro e 29% em comparação com o ano passado. O aumento foi impulsionado pela alta nos preços do óleo de palma, óleo de soja e óleo de girassol, devido à escassez sazonal de oferta no Sudeste Asiático e à forte demanda da indústria de biodiesel.
• Laticínios: O Índice de Preços de Laticínios da FAO subiu 4%, alcançando 148,7 pontos. O aumento foi causado pela forte demanda de importação das principais regiões exportadoras, que superou a produção, levando ao aumento dos preços de todos os principais produtos lácteos, como queijo e leite em pó integral.
• Carnes: O Índice de Preços de Carnes da FAO se manteve estável, com uma média de 118 pontos. Embora os preços internacionais de carne de frango e carne suína tenham caído devido à oferta abundante, os preços da carne de cordeiro e carne bovina permaneceram firmes devido à forte demanda global de importação.