A Horizon Oil Ltd. assinou recentemente um acordo com a ExxonMobil para adquirir a participação da gigante energética americana em três licenças de desenvolvimento terrestre na Tailândia, marcando o retorno da empresa australiana ao mercado do Sudeste Asiático.

　　De acordo com o acordo, a Horizon deterá 60% da participação no bloco E5, que inclui o campo de gás natural convencional Nam Phong, já em produção, e 7,5% dos blocos E5N e EU1, que contêm os campos de gás natural convencional e condensado Sinphuhorm, também em produção.

　　A aquisição será realizada por meio de um consórcio. A Horizon adquirirá 75% da participação da ExxonMobil Exploration and Production Khorat Inc. (EMEPKI). Em um documento regulatório, a Horizon informou que a Matahio Energy receberá os 25% restantes e concordou em gerenciar a equipe do novo consórcio e as operações do Nam Phong.

　　Dados de janeiro indicam que esses ativos aumentarão a produção líquida da Horizon em cerca de 2.000 barris de óleo equivalente (boe) por dia, com reservas provadas e prováveis aumentando em 3,9 milhões de boe. A Horizon acredita que há potencial para aumentar ainda mais o valor por meio da extensão da vida útil dos dois campos de petróleo, perfurações adicionais, atualizações de instalações e otimização, além de oportunidades adicionais nos dois ativos.

　　Além disso, a estatal PTT assinou contratos de longo prazo para o uso do gás gerado por esses ativos, destinado a usinas de geração de energia na região. A Horizon informou que o principal pagamento em dinheiro para a aquisição de 75% da EMEPKI será de 30 milhões de dólares, com efeito a partir de 1º de janeiro de 2025, além de um pagamento contingente de até 7,5 milhões de dólares nos próximos seis anos, condicionado ao cumprimento de certos requisitos. O pagamento antecipado em dinheiro será principalmente derivado da revisão da aprovação de crédito do financiamento de dívida existente com o banco Macquarie, o que proporcionará uma capacidade de endividamento adicional de até 22 milhões de dólares para a aquisição, além de um financiamento adicional de até 10 milhões de dólares após a conclusão da compra.

　　O CEO da Horizon, Richard Beament, afirmou que, ao colaborar com a Matahio, a empresa projetou a transação para aproveitar a posição da Horizon como não-operadora, mantendo a escala adequada, capital mínimo necessário e espaço para crescimento. Ele observou que, entre 2006 e 2008, a empresa esteve envolvida em atividades de exploração offshore, o que lhe proporcionou um bom entendimento da jurisdição tailandesa. Embora, durante esse período, a pressão financeira derivada dos compromissos de capital com o desenvolvimento de Maari tenha levado a Horizon a desinvestir de suas participações na Tailândia, a empresa sempre considerou o país uma jurisdição atraente para investimentos em petróleo e gás.

　　Beament acrescentou que a aquisição deve aumentar significativamente o fluxo de caixa operacional líquido nos próximos cinco anos, proporcionando uma base de produção sólida após 2020. Esses ativos permitirão à empresa diversificar ainda mais, produzindo gás em um país com demanda crescente por energia. As usinas que utilizam o gás desses campos desempenham um papel crucial no fornecimento de energia básica para o consumo doméstico no nordeste da Tailândia e na ajuda ao país para atingir suas metas de transição energética.