Recentemente, o governo da Dinamarca anunciou que prevê oferecer subsídios no próximo leilão de energia eólica offshore.

A história da energia eólica offshore sem subsídios na Dinamarca remonta a 2021. Em janeiro de 2021, o governo dinamarquês lançou o leilão da usina eólica offshore Thor com capacidade de 1 GW e, no final, seis licitantes ofereceram preços de energia sem subsídios. Em julho de 2023, a Alemanha realizou o primeiro leilão de energia eólica offshore com subsídios negativos, sem limite superior para os mesmos. No final, a BP e a TotalEnergies pagaram 12,6 bilhões de euros em subsídios negativos e conquistaram os direitos de desenvolvimento de um projeto de 7 GW, com custos de subsídios negativos chegando a 180 mil euros por MW.

Vendo o mercado aquecido e em bom momento, o governo dinamarquês achou que era a hora dos subsídios negativos e, no leilão de 3 GW de energia eólica offshore em 2024, estabeleceu regras de subsídios negativos. Além disso, as regras do leilão também previam que o governo teria 20% das ações em cada projeto.

Essa estratégia, juntamente com a tensão na cadeia de suprimentos global de energia eólica offshore, a inflação e as altas taxas de juros, fez com que o leilão de 3 GW não recebesse nenhuma licitação e ficasse sem vencedor. Após refletir sobre isso, para continuar alcançando suas metas de energia eólica offshore, o governo da Dinamarca teve que voltar a oferecer subsídios para atrair investidores. Essa medida da Dinamarca pode motivar outros países e a energia eólica offshore na Europa pode voltar à "era dos subsídios".