O Consumer Action Law Centre (CALC) enviou sua primeira superqueixa designada à Australian Competition and Consumer Commission (ACCC) em fevereiro de 2025, pressionando para uma proibição nacional da venda não solicitada, incluindo produtos de energia solar para telhados.

No ano passado, o governo federal autorizou o CALC a apresentar superqueixas, o que possibilitou ao grupo levantar questões urgentes de consumidores diretamente à ACCC. O CALC agora usou essa autoridade para abordar as práticas de vendas não solicitadas, como visitas de porta em porta, ligações telefônicas não solicitadas e marketing em redes sociais. A queixa destaca que esses métodos, especialmente no setor de energia solar para telhados, são difundidos e problemáticos.
Stephanie Tonkin, diretora executiva do CALC, enfatizou a natureza contínua do problema: "Hoje, estamos ouvindo sobre as vendas não solicitadas de porta em porta e telemarketing de muitos itens, especialmente painéis solares. No passado, eram enciclopédias e softwares educacionais. É um problema sistêmico contínuo que afeta milhares de australianos e causa danos reais, especialmente para aqueles que vivem em situações de vulnerabilidade".
A queixa aponta para problemas específicos, como vendedores ignorando os pedidos dos consumidores para parar, não informando os compradores sobre os períodos de reflexão e não fornecer contratos assinados. Também levanta preocupações sobre os acordos de consumo e a conduta pós-venda no setor solar, o que, segundo o CALC, prejudica a confiança no mercado mais amplo de energia limpa.
De acordo com a queixa, essas práticas afetam a confiança no setor solar: "A venda não solicitada de produtos solares representa riscos mais amplos para a economia australiana, degradando a confiança no setor solar e nos esquemas governamentais e desencorajando as pessoas a participarem da transição para a energia limpa".
O CALC observou que a Victoria já proíbe a venda não solicitada de produtos solares nos programas governamentais, mas a prática ainda persiste. O grupo defende medidas mais fortes: "Isso demonstra para nós que nada menos do que uma proibição total da venda não solicitada (e uma melhor regulação da geração de leads) parará a prática".
A ACCC é obrigada a responder publicamente à queixa do CALC até meados de junho de 2025, esboçando quaisquer ações planejadas, incluindo se vai propor alterações legais ao governo federal. O apelo do CALC por uma proibição visa proteger os consumidores e apoiar a confiança na transição para a energia limpa na Austrália.









