Começou o trabalho de demolir e reconstruir uma instalação de armazenamento provisório para resíduos radioativos de baixo nível na central nuclear de Caorso, na Itália. A nova estrutura estará de acordo com as últimas normas e regulamentos de segurança da indústria.

No local de Caorso, os resíduos radioativos de operações passadas e da desativação em andamento são armazenados em três instalações temporárias. As instalações ERSBA 1 e ERSBA 2 guardam resíduos sólidos de baixo nível, enquanto a instalação ERSMA armazena resíduos sólidos de nível intermediário. Essas instalações atualmente contêm tanto resíduos condicionados quanto resíduos aguardando tratamento. Uma vez que um repositório nacional de resíduos radioativos esteja em funcionamento, os resíduos serão transferidos para lá.

Estão em andamento as melhorias para alinhar as instalações de armazenamento provisório com os requisitos de segurança atuais. As instalações ERSBA 1 e ERSBA 2 estão sendo demolidas e reconstruídas, enquanto a instalação ERSMA está sendo modificada por meio de mudanças estruturais internas. O trabalho na instalação ERSMA está em andamento, e as atualizações da instalação ERSBA 2 foram concluídas em 2023.

A Societa Gestione Impianti Nucleari SpA (Sogin), empresa estatal responsável pela desativação nuclear da Itália, confirmou que a demolição da instalação ERSBA 1 começou. A Sogin afirmou: "A adaptação das três instalações de armazenamento evita a construção de novas instalações de armazenamento temporário no local".

A estrutura ERSBA 1, com 50 metros de comprimento, 30 metros de largura e 6 metros de altura, terá seu telhado, paredes de concreto e fundações desmontados. Uma nova instalação de armazenamento, com um volume similar, será construída no mesmo local. Após a conclusão, serão instaladas duas guindastes sobrepostas para manipular os recipientes de resíduos e apoiar as operações da planta.

A central de Caorso, um reator de água em ebulição de 860 MWe, parou de operar em 1990, após 12 anos de funcionamento, e está atualmente sendo desativada. A licença de desativação foi concedida em 2014, e o desmonte dos sistemas e componentes do edifício do reator começou em novembro de 2024. Aproximadamente 3.400 toneladas de material serão removidas, sendo que se espera que 88% sejam liberáveis após o tratamento e a descontaminação. O restante 12% será gerenciado como resíduos radioativos e armazenado no local até que o repositório nacional esteja disponível.