O governo de Trump anunciou na última quarta-feira que implementará um procedimento de licenciamento emergencial para projetos de energia e mineração em terras federais, com o objetivo de reduzir o processo de aprovação, que normalmente levaria meses ou até anos, para um período de 28 dias. Esta medida foi tomada em resposta à declaração de emergência energética nacional assinada por Trump no primeiro dia de seu mandato, com a intenção de acelerar os processos de aprovação, aumentar a oferta de energia doméstica, reduzir os custos dos combustíveis e fortalecer a segurança energética do país.

O Departamento do Interior esclareceu que o processo de licenciamento emergencial cobrirá projetos de petróleo, gás natural, carvão, além de urânio, geotermia, minerais essenciais, biocombustíveis e energia hidrelétrica de movimento de água. Vale destacar que projetos de energia solar e eólica não estão incluídos nesta medida, uma vez que o governo de Trump já afirmou publicamente que os custos da energia eólica são elevados e afetam a estética paisagística. O Secretário do Interior, Doug Burgum, enfatizou: “Os Estados Unidos não podem mais esperar. Ao reduzir o ciclo de aprovação de anos para 28 dias, avançaremos com urgência e determinação para alcançar a independência energética nacional.”
Grupos do setor têm expressado insatisfação há muito tempo com a demora e o alto custo dos processos de aprovação para projetos em terras e águas federais. No entanto, o impacto específico dessa nova medida na produção de petróleo dos Estados Unidos ainda está para ser observado. Apesar disso, devido às sanções impostas à Rússia após os eventos de 2022, os perfuradores americanos, em busca de altos preços do petróleo, estão se aproximando do pico histórico de produção de petróleo no país.
O Departamento do Interior comprometeu-se a garantir que, ao implementar o licenciamento emergencial, serão observadas as leis ambientais, incluindo a Lei Nacional de Política Ambiental, a Lei das Espécies Ameaçadas e a Lei de Preservação Histórica Nacional. No entanto, organizações ambientais, como o Centro para a Biodiversidade, criticaram a medida, afirmando que ela favorece as empresas de combustíveis fósseis em detrimento dos interesses públicos. Randy Spivak, diretor de terras públicas do centro, declarou: “Esses supostos processos emergenciais são apenas uma fachada para os interesses corporativos, visando acelerar a aprovação de projetos à custa da saúde pública, das terras públicas e do clima.”











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