Recentemente, o projeto financiado pela União Europeia, HYScale, anunciou o desenvolvimento e teste bem-sucedido de uma série de materiais de alto desempenho, que não dependem de matérias-primas críticas (CRM) e de substâncias perfluoroalquiladas e polifluoroalquiladas (PFAS), oferecendo soluções mais sustentáveis e economicamente viáveis para o setor de energia.
Esse avanço marca um passo importante na integração da tecnologia de pilhas de combustível em sistemas de eletrolisadores funcionais. O projeto HYScale busca atingir a meta de gastos de capital de 400 euros por quilowatt e já validou as tecnologias relevantes em um ambiente industrial real.
Diante dos desafios globais das mudanças climáticas, a União Europeia estabeleceu metas ambiciosas de redução de emissões: reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 40% até 2030 e em até 95% até 2050. Nesse contexto, o hidrogênio verde, como uma via chave para a descarbonização de indústrias intensivas em energia, se torna especialmente importante. No entanto, para alcançar essa meta, é necessário superar desafios relacionados ao custo, durabilidade, eficiência e dependência de recursos.
O projeto HYScale é justamente uma resposta a esses desafios. A equipe do projeto, por meio da pesquisa e desenvolvimento de materiais inovadores de alto desempenho, reduziu significativamente a dependência de recursos escassos, sem comprometer o desempenho e a eficiência. Especificamente, o projeto substituiu os CRMs e PFAS usados nos tradicionais eletrólitos de membrana de troca aniônica (AEMEL) em eletrolisadores de água, promovendo com sucesso o desenvolvimento do primeiro protótipo de eletrolisador AEM de 100 kW por célula. Esse avanço não apenas aumentou a relação custo-benefício do eletrolisador, mas também o tornou mais ambientalmente amigável no processo de produção de hidrogênio.









