O laboratório de V.A. Serebrov, membro correspondente da Academia Russa de Ciências, está trabalhando no desenvolvimento de uma fonte de nêutrons ultrafrios baseada em hélio superfluido, que será utilizada no reator nuclear PIK. Para atingir esse objetivo, é necessário obter e manter o hélio superfluido a uma temperatura de aproximadamente 1 K sob as condições de alto fluxo térmico do reator.

Em 23 de outubro, a equipe da fonte de nêutrons ultrafrios, liderada por V.A. Lyamkin, ativou com sucesso o criostato de hélio. Este criostato, componente essencial para o desenvolvimento da fonte de nêutrons ultrafrios, consumiu 1000 litros de nitrogênio líquido e 150 litros de hélio líquido preparado no local, resfriando o hélio comum a 1,2 Kelvin ao longo de três dias, transformando-o em um estado superfluido. A ativação bem-sucedida do criostato valida a eficácia de todas as decisões de engenharia e cálculos teóricos, representando um passo crucial para alcançar o objetivo de aumentar a densidade de nêutrons ultrafrios. O objetivo é obter uma densidade de nêutrons ultrafrios pelo menos 100 vezes maior do que a de dispositivos similares existentes, quebrando recordes históricos.

A nova fonte de nêutrons ultrafrios será utilizada em experimentos de física de interações fundamentais, como a busca pelo momento de dipolo elétrico dos nêutrons. Espera-se que essa descoberta revolucione nossa compreensão das interações de partículas e possa explicar o mistério de por que existe mais matéria do que antimatéria no universo. Além disso, a medição planejada do tempo de vida dos nêutrons é igualmente importante para a cosmologia, ajudando a entender como os elementos leves se formaram após o Big Bang. Atualmente, o projeto entrou na fase de montagem e testes criogênicos do invólucro interno da fonte radioativa, que já está pronto. Para garantir a instalação em tempo hábil no reator nuclear PIK, a equipe do projeto está contratando mais pessoal qualificado para a instalação. Uma vez concluída, a fonte radioativa será instalada no GEK-4, o maior canal experimental do PIK, para dar início a um programa de experimentos científicos em larga escala.