A TerraPower, com sede nos Estados Unidos, submeteu oficialmente seu reator nuclear Natrium e sistema de armazenamento de energia ao processo de Avaliação Genérica de Projeto (GDA) do Reino Unido. A TerraPower informou os reguladores britânicos sobre seus planos de iniciar a revisão do GDA em maio e anunciou, em setembro, uma parceria com a KBR para avaliar conjuntamente possíveis locais para o reator Natrium no Reino Unido.

O processo de Avaliação Genérica de Projeto (GDA) do Reino Unido visa avaliar de forma abrangente a segurança, a proteção e o impacto ambiental de novos projetos de reatores. Esse processo é conduzido em conjunto pelo Escritório da Comissão Reguladora Nuclear (ONR), pela Agência Ambiental (EA) e pela Natural Resources Wales (NRW) e é realizado em três etapas. Após a conclusão bem-sucedida da revisão, a ONR emitirá um Certificado de Aceitação de Projeto e a EA emitirá uma Declaração de Aceitabilidade.

A tecnologia Natrium integra um reator rápido refrigerado a sódio de 345 MW com um sistema de armazenamento de energia em sal fundido. A tecnologia de armazenamento de energia pode aumentar a potência de saída do sistema para 500 MW durante os períodos de pico de demanda. Seu design exclusivo separa os componentes nucleares e energéticos por meio de uma estrutura desacoplada, reduzindo significativamente o uso de materiais especializados, diminuindo os custos da usina e acelerando a construção. O presidente e CEO da TerraPower, Chris Levisk, afirmou: “Esta submissão é um passo importante para o mercado do Reino Unido e estamos ansiosos para trabalhar com o governo britânico para avançar no processo de revisão”.

A TerraPower não só está comprometida com o mercado do Reino Unido, como também está atendendo ativamente aos requisitos regulatórios relevantes dos EUA. Sua primeira usina nuclear de sódio está em construção nos EUA, e a empresa já submeteu um relatório de impacto ambiental à Comissão Reguladora Nuclear dos EUA. Em 2024, a TerraPower iniciou as obras em seu complexo em Kemera, Wyoming, e imediatamente começou a construção dos componentes não nucleares. Este projeto de usina nuclear está sendo construído por meio de uma parceria público-privada com o Projeto de Demonstração de Reator Nuclear Avançado (ARDP) do Departamento de Energia dos EUA, com ambas as partes compartilhando 50% dos custos, e o projeto recebeu até US$ 2 bilhões em financiamento.