O Departamento da Indústria da Austrália divulgou um relatório na sexta-feira, elevando sua previsão de receita de exportação de recursos naturais e energia do país para o ano fiscal de 2024-2025 em 4%, para A$ 383 bilhões. O relatório citou os preços recordes do ouro, os altos preços do minério de ferro e uma taxa de câmbio do dólar australiano mais fraca do que o esperado como os principais motivos para a revisão para cima.

O relatório mostra que os preços do ouro atingiram recentemente recordes devido às preocupações do mercado com as tensões geopolíticas, que estimularam a demanda por ativos de refúgio. Impulsionado por isso, espera-se que o ouro se torne a segunda commodity de exportação de recursos naturais mais valiosa da Austrália no ano fiscal de 2025-2026, depois do minério de ferro, ultrapassando o gás natural liquefeito. O departamento elevou sua previsão de exportação de ouro para este ano fiscal em 15%, para A$ 69 bilhões, e espera que essa receita aumente ainda mais para A$ 74 bilhões no ano fiscal de 2026-2027.
O minério de ferro continua sendo a principal fonte de receita de exportação da Austrália, com previsão de contribuir com cerca de um quarto da receita total do país com recursos naturais e commodities energéticas nos próximos dois anos. O relatório prevê um preço médio do minério de ferro de US$ 87 por tonelada neste ano fiscal. O relatório também expressa otimismo em relação às perspectivas de exportação de cobre e minerais críticos. A demanda da construção de data centers deve sustentar os preços do cobre, e o departamento elevou sua previsão de preço do cobre para o ano fiscal de 2025-2026 em 12%, para US$ 10.658 por tonelada. Enquanto isso, impulsionadas pelo aumento das exportações de commodities como terras raras e antimônio, as exportações australianas de minerais críticos devem crescer de aproximadamente A$ 11 bilhões no ano fiscal de 2024-2025 para A$ 14 bilhões no ano fiscal de 2026-2027. Embora esse aumento revisado na receita de exportação de recursos naturais ainda esteja abaixo do pico de A$ 466 bilhões no ano fiscal de 2022-2023, os dados históricos mostram que seu desempenho permanece robusto.









