O governo da Nova Zelândia anunciou nesta semana planos para reabrir a perfuração de petróleo em suas águas territoriais. Os três partidos da coalizão atualmente no poder haviam se comprometido a revogar a proibição de exploração de petróleo offshore implementada em 2018. O Ministro de Recursos, Sean Jones, confirmou que o governo pretende cancelar a proibição ainda este ano.
Ao mesmo tempo, o governo está avaliando uma lei aprovada em 2021 que exige que os detentores de licenças de petróleo e gás arquem com os custos de descomissionamento e limpeza dos poços. A lei foi criada após o colapso financeiro da Tui Oilfield Company, que fez com que os contribuintes arcassem com cerca de 400 milhões de dólares neozelandeses. Agências como a Agência Internacional de Energia (AIE) preveem que, com a eletrificação do setor de transportes, a demanda global por petróleo deve diminuir, reduzindo possivelmente os investimentos em exploração.
Grandes empresas petrolíferas, incluindo Shell e BP, preveem queda no uso de combustíveis fósseis na próxima década. A AIE projeta que a demanda global por petróleo atingirá o pico antes de 2030. Embora a OPEP e a ExxonMobil esperem que o consumo de petróleo continue crescendo até a década de 2040, a ExxonMobil também investe em energias renováveis e tecnologias de captura de carbono.
A Conferência do Clima da ONU COP28, realizada no ano passado, concordou com a meta de “eliminar gradualmente os combustíveis fósseis”. A AIE destacou que os projetos de combustíveis fósseis existentes ou planejados são suficientes para atender à demanda global projetada até 2050, sem necessidade de novas explorações. Diante das mudanças nas perspectivas de demanda por petróleo, a BP prevê redução futura nos investimentos em novas infraestruturas de petróleo e gás.
Nos últimos anos, a produção de campos de gás da Nova Zelândia tem ficado abaixo do esperado. Para manter a independência energética, o país pode precisar realizar perfuração de manutenção ou expansão limitada. No entanto, propostas que utilizem fundos públicos para atrair empresas petrolíferas internacionais a perfurar na Nova Zelândia enfrentam debates tanto econômicos quanto ambientais.
A tendência global de transição energética continua se fortalecendo, e o custo de geração de energia renovável já é inferior ao dos combustíveis fósseis. Atualmente, 85% do sistema elétrico da Nova Zelândia provém de fontes renováveis. Para atender ao aumento projetado da demanda de eletricidade, o país planeja investir 42 bilhões de dólares até 2030 em energias renováveis. Paralelamente, o número de veículos elétricos no mundo cresceu de 300 mil em 2013 para 41 milhões em 2023, e 30 países já se compr














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