Uma equipe conjunta do Instituto Coreano de Ciência e Tecnologia e do Instituto Coreano de Ciências da Vida e Biotecnologia publicou recentemente no periódico Nature Aging seus últimos resultados, relatando o desenvolvimento da tecnologia FiNi-seq (Sequenciamento Enriquecido do Microambiente de Fibrose). Esta tecnologia inovadora permite capturar com precisão mudanças locais no microambiente fibroso de tecidos hepáticos envelhecidos, oferecendo uma nova ferramenta para diagnóstico precoce e tratamento de doenças hepáticas crônicas.

A equipe de pesquisa foi liderada pelo Prof. Jong-Eun Park, do KAIST, e pela Dra. Chuna Kim, do Instituto Coreano de Ciências da Vida e Biotecnologia. Por meio de uma triagem física de regiões do fígado envelhecido com alta resistência à degradação tecidual, eles conseguiram enriquecer microambientes de envelhecimento precoce caracterizados por atraso na regeneração e acúmulo de fibrose. “Com este estudo, conseguimos detalhar, em nível de célula única, a composição celular e as características espaciais do microambiente fibroso observado em tecidos hepáticos envelhecidos”, afirmou a Dra. Kim.

A tecnologia permitiu várias descobertas importantes:

• Identificação de células endoteliais especiais associadas à fibrose

• Descoberta de fibroblastos interagindo com o sistema imunológico

• Detecção de células imunes exauridas, como células CD8 T com alta expressão de PD-1

O estudo demonstrou que células específicas nas regiões fibrosas do fígado envelhecido promovem envelhecimento secundário do ambiente ao secretar fatores bioativos. O Prof. Park comentou: “Como uma técnica analítica capaz de capturar mudanças sutis que ocorrem precocemente no envelhecimento e em doenças crônicas, ela tem grande potencial para identificar alvos terapêuticos eficazes no futuro.”

Integrando dados de transcriptoma e epigenoma, a equipe conseguiu interpretar com precisão a heterogeneidade espacial do microambiente hepático envelhecido, revelando também sua relação com a estrutura vascular intra-hepática. A tecnologia FiNi-seq poderá futuramente ser aplicada ao estudo de doenças crônicas em outros órgãos, como pulmão e rins.