Na década de 1960, a Grande Barreira de Corais da Austrália enfrentou a ameaça potencial da exploração de petróleo. Em 1967, o estado de Queensland abriu toda a sua linha costeira para a prospecção petrolífera, o que levou ambientalistas a lançarem o movimento “Salvem os Recifes”. Após anos de esforços, a Grande Barreira de Corais foi declarada Parque Marinho Nacional em 1975, proibindo atividades de petróleo, gás natural e mineração.
O movimento ambiental teve início em 1967, quando o artista local John Busst organizou ações contra a extração de calcário, evoluindo posteriormente para um amplo movimento social que buscava impedir a perfuração de petróleo. Após a posse do premiê de Queensland, Joh Bjelke-Petersen, em 1968, surgiram divergências entre ambientalistas e o governo. Em 1970, o Conselho dos Sindicatos de Queensland impôs uma “proibição negra” à prospecção petrolífera no recife, forçando as empresas envolvidas a interromperem seus preparativos.
Em maio de 1970, foi iniciada a audiência da Comissão Real sobre a perfuração de petróleo na Grande Barreira de Corais. Durante esse período, a bióloga marinha Patricia Mather elaborou recomendações legislativas para a “Lei da Grande Barreira de Corais”. Em 1973, o governo Whitlam aprovou uma lei reivindicando para a União o controle das terras submersas e, em maio de 1975, apresentou ao Parlamento o “Ato do Parque Marinho da Grande Barreira de Corais”. A lei foi finalmente estabelecida, proibindo todas as atividades de mineração, assim como perfuração de petróleo e gás natural, em uma área marítima de 344 mil quilômetros quadrados.
A criação da área de proteção da Grande Barreira de Corais tornou-se um marco importante na história da preservação ambiental da Austrália. Hoje, a região enfrenta novos desafios decorrentes das mudanças climáticas, incluindo ondas de calor marinhas e episódios de branqueamento dos corais.
















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