Solvente atóxico permite reciclagem eficiente de tecidos mistos; recuperação de algodão e poliéster supera 97%
2025-11-28 14:36
Fonte:Universidade Tecnológica de Viena
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Uma equipe de pesquisa da Universidade Tecnológica de Viena desenvolveu uma nova tecnologia de solvente atóxico capaz de realizar a separação e reciclagem eficiente de tecidos mistos de algodão e poliéster. A técnica utiliza um solvente eutético profundo formado por mentol e ácido benzóico, oferecendo uma solução ambientalmente amigável para a reciclagem de tecidos mistos.

Andreas Bartl, do Instituto de Engenharia Química, Ambiental e de Ciências Biológicas, explicou: “Mentol e ácido benzóico são sólidos à temperatura ambiente. Mas, quando combinados, formam um líquido — um chamado solvente eutético profundo. Esse novo líquido é um solvente eficiente, atóxico e de fácil produção, com grande potencial de aplicação.” Quando aquecido a 216 °C, o solvente realiza a separação completa do tecido misto em apenas cinco minutos.

Durante o processo de reciclagem, as fibras de poliéster se dissolvem totalmente, enquanto as fibras de algodão permanecem intactas. Após lavagem e secagem, o algodão pode ser reutilizado, e o poliéster, após resfriamento e precipitação, também pode ser recuperado. A técnica atinge 100% de recuperação do algodão e 97% do poliéster, alcançando um nível de reaproveitamento quase total dos materiais.

Bartl destacou: “O aspecto realmente impressionante desse novo processo é que tanto o algodão quanto o poliéster não sofrem danos ou alterações químicas. Nossas análises mostram que as fibras de algodão permanecem estáveis e mantêm suas propriedades típicas — podendo inclusive ser fiadas novamente em novos fios.” Diferentemente dos métodos tradicionais de decomposição química, essa tecnologia preserva a integridade das cadeias poliméricas, garantindo a manutenção da qualidade do material.

Atualmente, a tecnologia de reciclagem já passou pela validação em laboratório, e a equipe está focada em otimizar o consumo energético do processo. Embora a temperatura operacional de 216 °C ainda ofereça espaço para melhorias em termos de energia, os pesquisadores acreditam que o método tem grande potencial para aplicação industrial, podendo ser utilizado futuramente na produção de novos fios, não tecidos e outros produtos têxteis.

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