Uma equipe de pesquisa da Universidade de Tecnologia de Chalmers, na Suécia, publicou um estudo na revista *Advanced Science*, demonstrando um novo método para combater biofilmes bacterianos usando revestimentos nanoestruturados. Este método, baseado em estruturas metalorgânicas (MOFs), utiliza pontas em nanoescala em sua superfície para perfurar fisicamente as células bacterianas, oferecendo uma solução para controlar a formação de biofilmes sem depender de antibióticos ou produtos químicos tóxicos.

A pesquisa foi uma colaboração entre o Professor Ivan Mijakovic e a equipe de pesquisa do Professor Lars Erström na universidade. O primeiro autor, Dr. Zhejian Cao, pesquisador, explicou: "Nossa pesquisa mostra que esses revestimentos nanoestruturados podem danificar fisicamente as bactérias como minúsculos espinhos, perfurando-as e matando-as diretamente." Esse mecanismo mecânico pode remover as bactérias de forma eficaz antes que elas se fixem às superfícies e comecem a se multiplicar, bloqueando assim uma etapa inicial crucial na formação do biofilme.
A equipe de pesquisa construiu uma estrutura especial com pontas nanométricas afiadas, cultivando uma estrutura sobre a outra. Cao Zhejian destacou que o principal desafio para alcançar efeitos antibacterianos ótimos reside no controle preciso do espaçamento entre as nanopartículas: "Se a distância entre as nanopartículas for muito grande, as bactérias podem penetrar e aderir à superfície. Mas se a distância for muito pequena, a tensão mecânica exercida pelas nanopartículas sobre a cápsula da célula bacteriana diminuirá." Esse mecanismo físico de ruptura da membrana oferece uma nova abordagem para solucionar problemas de biofilme em dispositivos médicos, cascos de navios e sistemas de tubulação industrial.
O professor Erstrom acrescentou que, em comparação com outros materiais antibacterianos que exigem produção em altas temperaturas, esse tipo de revestimento nanoestruturado pode ser preparado em temperaturas mais baixas, o que é benéfico para a produção em larga escala e aplicável a materiais de implantes médicos sensíveis à temperatura. Esse método destrói diretamente as bactérias por meio de um mecanismo físico de ruptura da membrana, oferecendo uma nova abordagem da ciência dos materiais para enfrentar o desafio global da resistência a antibióticos.














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