A Groenlândia, território dinamarquês localizado no Atlântico Norte, voltou a ser o centro das atenções globais devido aos seus vastos recursos energéticos e localização geográfica estratégica. Não só possui grande potencial hidrelétrico e depósitos de elementos terras raras, mas também pode conter grandes reservas de petróleo e gás natural. Contudo, com o aumento da demanda mundial por energias renováveis e a crescente conscientização sobre a proteção ambiental, o futuro do desenvolvimento energético da ilha permanece incerto. Como a maior ilha do mundo, dois terços da Groenlândia estão localizados dentro do Círculo Polar Ártico, sendo habitada predominantemente por inuítes.

Apesar das condições climáticas adversas, a Groenlândia tem um enorme potencial energético. De acordo com o governo da Groenlândia, os recursos hidrelétricos não explorados da ilha superam a demanda interna, o que a torna um potencial exportador de energia. Ao mesmo tempo, com o aumento da demanda global por elementos terras raras, o potencial de extração da Groenlândia também tem atraído atenção. No entanto, devido ao alto custo da perfuração através da camada de gelo e aos possíveis impactos ambientais, ainda não está claro se a exploração seria economicamente viável. Quanto ao petróleo e ao gás natural, a Groenlândia também possui perspectivas promissoras. De acordo com o Serviço Geológico dos EUA, a região ártica pode conter até 160 bilhões de barris de petróleo e grandes quantidades de gás natural. No entanto, o governo da Groenlândia assinou uma moratória, proibindo a extração de combustíveis fósseis no futuro, em favor do desenvolvimento de energias renováveis.

Historicamente, os EUA tentaram várias vezes comprar a ilha sem sucesso. Nos últimos anos, com a mudança nos cenários geopolíticos e o aumento da demanda por energia, o interesse voltou a crescer. Contudo. O governo dinamarquês e a população groenlandesa se opõem firmemente a essa ideia. Além dos fatores geopolíticos, ambientalistas também expressam preocupações sobre os riscos ambientais que uma possível tomada da ilha pelos EUA poderia acarretar. Apontam que qualquer novo projeto de mineração ou extração de combustíveis fósseis causaria danos irreversíveis ao frágil ecossistema da Groenlândia. Sob um contexto de mudanças climáticas globais, proteger as camadas de gelo e a biodiversidade da ilha se torna ainda mais crucial.