Com o aceleramento da transição energética global, a Europa tem feito progressos significativos no campo da energia limpa. Um relatório divulgado na quinta-feira revelou que, atualmente, 47% da eletricidade da União Europeia provém de energia solar e outras fontes renováveis, que destaca o firme compromisso da UE com o desenvolvimento de energia limpa. O relatório do think tank climático, Ember, aponta que quase três quartos da eletricidade da União Europeia não emitem gases de efeito estufa responsáveis pelo aquecimento global, sendo 24% dessa eletricidade proveniente de energia nuclear. Esses dados contrastam fortemente com países como os Estados Unidos e a China, onde cerca de dois terços da energia ainda dependem de combustíveis fósseis, como carvão, petróleo e gás natural. O especialista em energia da Ember, Chris Rosslow, afirmou: “Os combustíveis fósseis estão perdendo o controle sobre a energia da União Europeia.” Destacou que, em 2024, a geração de eletricidade pela energia solar superou pela primeira vez a de eletricidade pelo carvão, se tornando uma fonte importante de fornecimento de energia na UE. Ao mesmo tempo, a energia eólica limpa também gerou mais eletricidade que o gás natural pelo segundo ano consecutivo.

O avanço da transição para energias limpas na Europa é impulsionado por uma série de políticas, sendo o Acordo Verde Europeu, um marco importante. Esta política ambiciosa, adotada em 2019, pavimentou o caminho para a atualização da Lei Climática e estabeleceu metas de redução de emissões mais ousadas. O acordo também impulsionou a implementação de centenas de regulamentos e diretrizes para incentivar investimentos em energia limpa e reduzir a poluição por carbono.

Desde 2019, a transição para a energia limpa ajudou a Europa a evitar a importação de combustíveis fósseis no valor de mais de 61 bilhões de dólares para geração de eletricidade. O analista de energia do think tank europeu E3G, Peter de Puss, comentou: “Isso envia uma mensagem clara de que a demanda energética da Europa será atendida por energias limpas, e não por importações de gás natural.” Ao mesmo tempo, o crescimento da energia nuclear na UE desacelerou, mas continua desempenhando um papel importante no fornecimento de eletricidade. Com as mudanças constantes no cenário energético global, a liderança da UE em energias limpas se torna cada vez mais crucial. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, declarou: “A Europa vai insistir até o fim e continuará colaborando com todos os países que desejam proteger a natureza e combater o aquecimento global.”