Os Estados Unidos e a Ucrânia chegaram recentemente a um acordo sobre o desenvolvimento de minerais críticos, um marco visto como crucial para promover a cessação de fogo entre a Ucrânia e a Rússia. A vice-ministra ucraniana Olha Stefanishyna anunciou que os detalhes do acordo estão em fase final, com a expectativa de que o presidente Zelensky assine o documento em visita a Washington no dia 28 de fevereiro. O acordo visa trocar cooperação em recursos por apoio militar contínuo dos EUA, marcando um viés decisivo nas relações entre os dois países.

As negociações atravessaram um impasse inicial devido à ausência de garantias de segurança no projeto americano. A Ucrânia exigia clareza sobre o compromisso militar dos EUA, enquanto o governo Trump buscava retribuir US$ 500 bilhões em benefícios minerais em troca da ajuda. Após negociações intensas, a proposta foi ajustada: os EUA reduziram suas demandas por recursos, enquanto a Ucrânia concordou em direcionar 50% dos lucros da mineração para um fundo de reconstrução até atingir o montante de US$ 500 bilhões. O fundo, sob controle norte-americano, visa atrair investimentos privados e proteger interesses econômicos dos EUA no país.

A Ucrânia detém 22 dos 34 minerais críticos listados pela União Europeia, incluindo terras raras, manganês e titânio. Entretanto, mais da metade desses recursos está localizada em zonas de conflito. O acordo não aborda garantias de segurança requeridas anteriormente pela Ucrânia, mas prevê discussões futuras sobre o envio de forças de paz. Analistas destacam que o governo Trump busca consolidar apoio interno por meio da cooperação mineral, enquanto Zelensky visa garantir a continuidade da ajuda militar. Apesar de controvérsias, o acordo é visto como um passo essencial para avançar na cessação de fogo.