A AB InBev, fabricante global líder de cervejas e dona de marcas como Budweiser, Michelob Ultra, Bud Light e Corona, também opera negócios de fabricação de latas nos Estados Unidos. O CEO Michel Doukeris afirmou à Reuters na quarta-feira que as tarifas sobre o alumínio previstas para 2025 não devem aumentar significativamente os preços da Budweiser e da Michelob Ultra no mercado americano, mas os impactos podem se tornar mais evidentes em 2026.
Doukeris explicou que a empresa compra principalmente alumínio pré-fabricado de fornecedores locais nos EUA, cujas matérias-primas são provenientes de fontes globais. As tarifas sobre o alumínio podem elevar os custos de aquisição e gerar pressões adicionais por meio de efeitos secundários em outros materiais, como produtos químicos. Fabricantes de cervejas artesanais já alertaram para possíveis aumentos nos preços dos produtos. No entanto, ele espera que o impacto em 2025 seja limitado devido a medidas de proteção (hedging). Se as tarifas forem totalmente implementadas, a pressão sobre os custos pode ser mais significativa em 2026. Atualmente, um pacote de 12 latas de Budweiser é vendido por US$ 12,87 no site da Walmart nos EUA.
Para lidar com os possíveis impactos, a AB InBev possui várias estratégias. Doukeris mencionou que a empresa pode mitigar os efeitos por meio de aumentos de preços, ganhos de eficiência na produção ou outras medidas, mas ainda não tomou uma decisão final. A flexibilidade da empresa no mercado americano oferece espaço para amortecer os impactos.









