A Mt. Labo Exploration and Development, subsidiária da RTG Mining, firmou uma parceria estratégica com a Glencore International para impulsionar o desenvolvimento do projeto Mabilo. As partes assinaram uma folha de termos vinculativa, um contrato de compra e um plano de financiamento, que agora estão em fase de documentação detalhada.

O financiamento prevê um montante máximo de US$ 30 milhões, concedido em três fases para cobrir os custos de desenvolvimento e operação da primeira etapa. A primeira parcela, de US$ 3,5 milhões, será destinada à aquisição de terrenos, com condições flexíveis. A segunda fase, no valor de US$ 21,5 milhões, apoiará o desenvolvimento e as operações subsequentes. Já a terceira parcela, de US$ 5 milhões, servirá como capital operacional adicional, sujeito à aprovação mútua. O financiamento será garantido por ativos, participação acionária e garantias dos acionistas.

O projeto Mabilo possui recursos estimados em 1.276 toneladas, com teor de ouro de 1,9 g/t, cobre a 1,8% e ferro a 40,5%, totalizando 226.800 toneladas de cobre e 762.500 onças de ouro. As reservas comprovadas são de 779,2 toneladas, com teor de ouro de 2,04 g/t, cobre a 1,95% e ferro a 45,5%, contendo 151.900 toneladas de cobre e 511.100 onças de ouro.

O desenvolvimento ocorrerá em duas fases. A primeira, com duração aproximada de um ano, prevê o processamento de 578.000 toneladas de minério, resultando na produção de 25.200 toneladas de cobre e 52.900 onças de ouro. A segunda fase terá duração de seis anos, com processamento anual de 1,35 milhão de toneladas de minério, resultando em 18.400 toneladas de cobre, 66.800 onças de ouro e 346.700 toneladas de ferro por ano. O contrato de compra cobre toda a produção da primeira fase, incluindo a capa de ouro oxidado, o skarn de cobre e ouro oxidado e a calcosina supérgena.

Justine Magee, da RTG Mining, destacou que o início do projeto Mabilo marca uma transição estratégica da empresa da fase de exploração para a produção. A parceria com a Glencore oferece um financiamento favorável e condições sólidas para a venda da produção, beneficiando-se da experiência da Glencore na refinaria PASAR, nas Filipinas. A empresa agora foca na aquisição de terrenos e na obtenção das licenças de desmatamento para garantir o avanço contínuo do projeto e seu início conforme planejado.