A Morgan Stanley destacou em seu relatório mais recente que, diante da possibilidade de impostos aduaneiros sobre a importação de cobre nos EUA, o preço do cobre tem perspectivas de subir ainda mais. Embora o preço do cobre para entrega em maio na Bolsa de Mercadorias de Nova York tenha caído 0,8% na segunda-feira, para US$ 4,67 por libra (US$ 10.274 por tonelada), desde o início de 2025, o preço do cobre já subiu 16% acumulativamente.

 

 

No mês de fevereiro deste ano, o então presidente dos EUA, Donald Trump, assinou uma ordem executiva para iniciar a revisão do Artigo 232 sobre a importação de cobre, com o objetivo de avaliar o impacto da importação na segurança nacional. Essa medida suscitou preocupações sobre os potenciais impostos aduaneiros, o que fez com que comerciantes de commodities como Glencore e Trafigura acelerassem o envio de cobre para os EUA, a fim de evitar riscos de impostos e maximizar os lucros. Segundo a Bloomberg, a prima de negociação do preço do cobre nos EUA neste mês chegou a US$ 1.300 por tonelada.

 

A Morgan Stanley afirmou no relatório que, como os impostos ainda não foram implementados, há uma forte motivação para exportar cobre para os EUA, o que está causando um estreitamento da oferta no mercado do cobre em outras regiões do mundo. Além disso, apesar de ser desafiador investir em commodities com prêmio futuro, no prêmio spot, as flutuações de preço geralmente atraem mais investidores.

 

A oferta do cobre também está restrita. Chile, o maior produtor de cobre do mundo, reduziu sua produção de cobre em 24% em janeiro em comparação com o mês anterior, alcançando o nível mais baixo em nove meses. A produção de cobre dos EUA tem diminuído nos últimos anos, principalmente devido ao sistema de permissões que impede novos projetos minerários. A Morgan Stanley é otimista sobre o mercado do cobre, pois acreditam que suas bases fundamentais são positivas e o estoque está cada vez mais restrito.