Ontem, Edgar Pretto, responsável da instituição brasileira de culturas agrícolas Conab, anunciou que a instituição planeja aumentar suas reservas de alimentos. Isso faz parte da estratégia para controlar a inflação alimentícia em ascensão no país, e a Conab está buscando alterar as regras dos contratos de compra.

Em um comunicado, Pretto disse que as regras atuais foram feitas para ajudar os agricultores em períodos de baixos preços, mas que o governo enfrenta novos desafios. Segundo ele, atualmente é "bastante difícil" os preços dos alimentos chegarem ao limite mínimo estabelecido nos contratos de compra da Conab.
Aumentar as reservas de alimentos representa uma mudança na política em relação aos governos anteriores, mostrando que o governo está lutando para controlar a inflação. Pretto informou que está em discussão a atualização das diretrizes atuais.
Na semana passada, o Brasil reduziu as tarifas de importação de alguns alimentos para conter o aumento dos preços, mas alguns analistas acham que essa medida não é eficaz.
Com o crescimento da preocupação dos brasileiros com o aumento dos preços do consumo, a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva caiu consideravelmente.
De acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2024, os preços de alimentos e bebidas subiram cerca de 8% e, em janeiro de 2025, subiram quase 1%, o que representa o quinto mês consecutivo de alta. Os dados de fevereiro serão divulgados na quarta - feira.
Pretto confirmou as reportagens do jornal Valor Econômico, dizendo que a Conab pode gastar adicionalmente 350 milhões de reais (cerca de 60,4 milhões de dólares) esse ano para comprar 445 mil toneladas de grãos, como milho, arroz e feijão. A Conab informou que já reservou cerca de 189 milhões de reais para esse fim.









