Em 11 de março de 2025, a subsidiária brasileira da multinacional belga Eternit anunciou a "interrupção de sua linha de produtos fotovoltaicos". A diretoria, reunida nesse dia, fez a comunicação aos acionistas e ao mercado em geral, seguindo a Resolução CVM nº 44.
A empresa disse que, nos últimos anos, buscou alternativas para tornar sua linha de produtos fotovoltaicos mais competitiva. No entanto, mesmo após todos os esforços, essa linha de produtos não mostrou-se viável. Após análise cuidadosa, decidiu interromper esse segmento. A competição com painéis fotovoltaicos do mercado chinês influenciou essa decisão.
Ela também informou que os impactos financeiros dessa decisão "já estão refletidos nos resultados de 31 de dezembro de 2024, em outros recebimentos e despesas, totalizando R$ 17,1 milhões [US$ 2,97 milhões], com repercussões nos grupos de ativos fixos, estoques, provisão para garantias e indenizações".
Eternit passou por uma crise devido ao uso de amianto em seus telhados de fibrocimento. Em 2019, entrou no setor fotovoltaico, apresentando um telhado fotovoltaico produzido com tecnologia desenvolvida no Brasil e aprovado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) na Feira Intersolar Sul-Americana, em São Paulo. No ano passado, anunciou a instalação desses telhados em projetos no Brasil. Em setembro de 2024, lançou um módulo fotovoltaico BIPV fabricado no Brasil.









