Washington e Moscou teriam iniciado discussões sobre projetos conjuntos de terras raras na Rússia. Kirill Dmitriev, chefe do fundo soberano da Rússia, confirmou isso durante uma coletiva de imprensa. Ele declarou: "Metais de terras raras são uma área importante de cooperação, e já iniciamos discussões sobre vários projetos na Rússia." Dmitriev, parte da equipe de negociação da Rússia durante as negociações de fevereiro com autoridades dos EUA na Arábia Saudita, mencionou que algumas empresas expressaram interesse em joint ventures. No entanto, as discussões ainda estão nos estágios iniciais, sem detalhes específicos ainda, mas o interesse mútuo é evidente. Ambos os lados veem isso como uma oportunidade mutuamente benéfica.

O presidente russo Vladimir Putin havia sugerido anteriormente que os EUA poderiam estar abertos a explorar depósitos de terras raras na Rússia, dadas suas quintas maiores reservas. Esses metais são cruciais para ímãs, telefones celulares e equipamentos militares. Putin enfatizou que a Rússia ficaria feliz em trabalhar com quaisquer parceiros estrangeiros, incluindo empresas americanas, em regiões como a Sibéria e o Extremo Oriente.
Do lado dos EUA, o presidente Donald Trump afirmou que um acordo futuro com a Ucrânia poderia permitir que os EUA recuperassem bilhões gastos em ajuda militar. Em resposta, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, rejeitou qualquer acordo que enfraquecesse a integração do país à UE. O destino da Ucrânia continua intimamente ligado ao apoio militar dos EUA que ela recebe. O acordo é visto como um equilíbrio delicado entre recuperação econômica e estabilidade geopolítica.
As reservas estimadas de terras raras da Rússia são de 3,8 milhões de toneladas, mas o país afirma que o número real é muito maior. As discussões, se expandidas, podem abrir caminho para cooperação futura, embora os detalhes permaneçam obscuros. Por enquanto, ambos os lados são vistos como cautelosos, pesando os benefícios e riscos potenciais dessa parceria.









