A Vale reiniciou oficialmente a Mina de Ferro Capanema, localizada em Ouro Preto, Minas Gerais, após 22 anos de paralisação. Esta ação faz parte da estratégia de investimento de 67 bilhões de reais (12,2 bilhões de USD) da mineradora brasileira até 2030.
A planta Capanema reiniciada recebeu um investimento de cerca de 5,2 bilhões de reais (950 milhões de USD). Seu processo de beneficiamento não utiliza água, não gera rejeitos e não requer a construção de barragens. Em 2015 e 2019, duas barragens de rejeitos em Minas Gerais romperam, causando centenas de mortes e grande impacto ambiental. Desde então, a transição para o processamento a seco tornou-se um objetivo central da Vale. Os investimentos da empresa no estado se concentrarão na expansão de soluções de disposição e filtragem de rejeitos secos, com a meta de reduzir a dependência do estado em barragens de 30% para 20%.
A planta também contará com cinco caminhões automatizados e adotará soluções circulares ao reprocessar minério de ferro de pilhas de resíduos antigas.
Em termos de produção, espera-se que a mina adicione cerca de 15 milhões de toneladas de minério de ferro por ano à Vale, contribuindo para que a empresa alcance a meta de produção de 340 a 360 milhões de toneladas/ano até 2026.
O CEO da Vale, Gustavo Pimenta, declarou em comunicado: "A Capanema reforça nosso compromisso com processos de mineração mais responsáveis — de baixo impacto, guiados por tecnologia e inovação, para otimizar o uso de recursos e promover a descarbonização."
A Vale possui aproximadamente 63 mil funcionários (incluindo contratados), e suas operações representam cerca de 3,5% do PIB de Minas Gerais. Nos últimos dois anos, o estado respondeu por quase 45% da produção total de minério de ferro da Vale.









