Em 22 de setembro, o presidente da República Democrática do Congo (RDC), Félix Tshisekedi, afirmou que o acordo de paz assinado em junho deste ano com Ruanda, mediado pelos Estados Unidos, não conseguiu acalmar os conflitos no leste do país. Tshisekedi também ressaltou que, embora apoie a mediação americana, a RDC não vai “leiloar nossos recursos minerais” para os EUA.
Durante a participação na Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova York, o presidente declarou à imprensa que a RDC colaborará com os Estados Unidos em setores como mineração e infraestrutura, mas isso não significa que o país concederá seus recursos minerais em condições de leilão aos americanos.
O acordo de paz completo entre RDC e Ruanda foi assinado em 27 de junho, na capital americana Washington. Na ocasião, o presidente dos EUA, Donald Trump, qualificou o acordo como uma “vitória brilhante” e afirmou que ele proporcionaria aos Estados Unidos “amplos direitos de exploração mineral” na RDC.
De acordo com a Reuters, o governo Trump buscava encerrar os conflitos internos na RDC e atrair bilhões de dólares em investimentos ocidentais para a região rica em minerais raros.
No entanto, apesar do compromisso da RDC e de Ruanda em pôr fim a um conflito de 30 anos, o governo congolês e o grupo rebelde “Movimento M23” não conseguiram chegar a um acordo de paz até o prazo final de 18 de agosto, e os combates no leste do país continuam.









