A equipe de pesquisa do RWJBarnabas Health e do Instituto de Câncer Rutgers, em parceria com o Centro Médico Tufts e a Universidade de Manchester, desenvolveu recentemente o primeiro modelo de previsão de risco personalizado para linfoma de Hodgkin clássico em estágio inicial. Este estudo, publicado na revista NEJM Evidence, oferece uma nova ferramenta quantitativa para auxiliar decisões clínicas de tratamento.

O modelo foi denominado Índice de Prognóstico Internacional para Hodgkin em Estágio Inicial (E-HIPI) e foi construído com base em dados de mais de 3.000 pacientes de quatro ensaios clínicos internacionais de fase III, sendo validado em mais de 2.300 casos do mundo real. O cientista-chefe da equipe de pesquisa, Dr. Andrew M. Evens, do Instituto de Câncer da Universidade Rutgers, afirmou: "Este modelo utiliza indicadores clínicos de rotina e consegue prever com precisão a sobrevida livre de progressão em dois anos dos pacientes."

O modelo E-HIPI integra fatores como sexo do paciente, volume tumoral e hemoglobina, entre outros indicadores laboratoriais, apresentando desempenho preditivo superior ao sistema de classificação EORTC atualmente amplamente utilizado. A Drª Susan K. Parsons, do Centro Médico Tufts, destacou: "Esta ferramenta de avaliação personalizada auxilia a tomada de decisão compartilhada entre médico e paciente, otimizando a escolha do plano de tratamento." A equipe de pesquisa também desenvolveu uma calculadora online gratuita para facilitar a aplicação clínica prática.

O estudo foi realizado por meio da aliança de colaboração internacional HoLISTIC, que integrou dados de ensaios clínicos e registros de câncer de vários países. A chefe de estatística, Drª Angie Mae Rodday, enfatizou: "Seguimos rigorosamente as diretrizes para desenvolvimento de modelos preditivos, garantindo a confiabilidade e a aplicabilidade dos resultados." A validação do modelo mostrou que sua precisão preditiva está altamente alinhada com o prognóstico real dos pacientes.

Esta pesquisa inovadora oferece um novo caminho para melhorar o prognóstico a longo prazo de pacientes com linfoma. Os pesquisadores afirmaram que o próximo passo será promover a validação do modelo para aplicação clínica em escala global.