Uma nova abordagem de baixo custo para captura de emissões de dióxido de carbono — a tecnologia de Captura de Carbono Induzida por Pressão (PICC, na sigla em inglês) — vem atraindo ampla atenção. A técnica se baseia em um fenômeno físico simples, semelhante à formação de bolhas ao abrir uma garrafa de champanhe ou refrigerante, utilizando água e pressão para extrair o CO₂ dos gases residuais antes de sua liberação na atmosfera. Comparada a métodos químicos tradicionais, a PICC é uma alternativa mais limpa e econômica.
Os co-inventores Dr. Mark Holzapfel e Jonathan Feinstein já registraram pedido de patente e planejam licenciar a tecnologia para usinas de energia, instalações de produção de hidrogênio e outras fontes industriais de emissão. Holzapfel afirmou que a queima de combustíveis fósseis continua sendo parte importante da matriz energética global, e a PICC representa uma solução prática para reduzir gases de efeito estufa. Ele disse: “Nossa invenção oferece uma maneira econômica e eficiente de enfrentar desafios humanos, capturando CO₂ do gás de combustão apenas com água e pressão. O processo é simples, limpo e acessível.”
Sistemas tradicionais de captura de carbono dependem de aminas e outros químicos fortes, com eficácia limitada na remoção de CO₂, alto custo e degradação rápida. Em contraste, a PICC utiliza absorção física, sem formação de ligações químicas, permitindo que o CO₂ escape da água em baixa pressão. Durante a operação, o gás residual é primeiro resfriado e comprimido, depois conduzido sob alta pressão para uma torre de absorção em contato com água fria, dissolvendo o CO₂ restante e liberando gases limpos. A água contendo CO₂ dissolvido é então transferida para um recipiente de baixa pressão, liberando gradualmente o CO₂, que pode ser armazenado sob compressão.
Análises econômicas indicam que a PICC pode capturar e comprimir 99% do CO₂ emitido a um custo de 26 dólares por tonelada, enquanto outras tecnologias existentes atingem cerca de 90% com custo entre 50 e 100 dólares por tonelada. Com a adição de pequenas quantidades de cal, a PICC pode capturar 100% do CO₂, mantendo o custo médio abaixo de 28 dólares por tonelada. Holzapfel afirmou que a PICC permite utilizar combustíveis fósseis sem liberar CO₂ e, quando combinada à queima de biomassa, pode remover CO₂ da atmosfera.














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