Política de Gás Natural do Reino Unido Gera Controvérsia e Pode Intensificar Desafios Ambientais e de Abastecimento
2025-02-12 11:11
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Em 2025, a Gneiss Energy, uma consultoria estratégica e financeira corporativa do Reino Unido, publicou um relatório intitulado "A Política de Gás Natural do Reino Unido Recebe Nota Zero", destacando que a atual política de gás natural do país não incentiva investimentos na produção local de gás, o que pode trazer impactos negativos para o meio ambiente e o abastecimento energético.

O relatório enfatiza que, embora o governo trabalhista tenha proposto o "Plano de Ação para Energia Limpa 2030", o gás natural continuará desempenhando um papel crucial na matriz energética do Reino Unido durante a década de 2030. No entanto, o plano do governo trabalhista de aumentar e estender o Imposto sobre Lucros de Energia (EPL, na sigla em inglês) para a produção de petróleo e gás para 78% é visto pela Gneiss Energy como uma barreira que pode desencorajar investimentos no setor energético. Como resultado, a consultoria prevê que o Reino Unido se tornará mais dependente da importação de gás natural, enfrentando riscos maiores à segurança energética.

A Gneiss Energy aponta que os principais concorrentes do gás natural britânico incluem o gás canalizado da Noruega e o gás natural liquefeito (GNL) importado. Embora o gás norueguês seja atraente em termos de emissões, sua produção já está próxima da capacidade máxima devido ao aumento da demanda europeia, especialmente após as mudanças no cenário energético global. Além disso, a importação de GNL é considerada mais intensiva em emissões devido ao alto consumo de energia nos processos de liquefação, transporte e regaseificação. A Gneiss Energy estima que as emissões de dióxido de carbono do GNL importado, desde a produção até o consumidor final, podem ser quatro vezes maiores do que as do gás natural produzido na Plataforma Continental do Reino Unido (UKCS).

Jon Fitzpatrick, diretor-gerente da Gneiss Energy, afirmou: "Embora a qualidade dos ativos de gás natural do Reino Unido tenha se deteriorado, ainda há muito espaço para desenvolvimento. Os ativos de gás natural do Reino Unido são especialmente competitivos em termos de emissões. Ao dificultar investimentos em novos projetos, os formuladores de políticas do Reino Unido estão, na prática, garantindo a dependência de importações de GNL com altas emissões, cujo desempenho ambiental é frequentemente pior do que o dos ativos domésticos." Ele acrescentou que, em um período de crescente crise climática e incertezas globais, apoiar e aumentar a produção doméstica de gás natural faz mais sentido do ponto de vista econômico, ambiental, social e estratégico.

O relatório também menciona que o futuro dos dois maiores campos de petróleo e gás não desenvolvidos no mar do Reino Unido – o campo de Jackdaw, da Shell, no Mar do Norte, e o campo de Rosebank, da Equinor – está sob questionamento. Uma decisão judicial exige que as emissões resultantes da queima de petróleo e gás sejam consideradas na aprovação de tais projetos, o que pode dificultar ainda mais o aumento da produção doméstica de gás natural no Reino Unido.

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