Em fevereiro de 2025, a Petrobras fez sua primeira venda bem-sucedida de combustível marinho de baixo teor de enxofre (VLSFO) com 24% de componentes renováveis em Cingapura. Esta venda marca uma tentativa significativa da Petrobras no mercado asiático de combustíveis, além de abrir novas possibilidades para o uso de biocombustíveis na região.
O VLSFO foi produzido pela Petrobras em Cingapura e é composto por 76% de óleo combustível mineral e 24% de éster metílico de óleo de cozinha usado (UCOME). O UCOME é um biocombustível fabricado a partir de óleo de cozinha usado (UCO) coletado localmente, sendo reconhecido por suas características ambientais e sustentáveis. A Petrobras em Cingapura também destacou que o produto recebeu certificação ISCC da União Europeia, garantindo conformidade com os rigorosos padrões de sustentabilidade da cadeia logística de biocombustíveis. A venda foi realizada no início de fevereiro, em parceria com o fornecedor local de combustível licenciado Golden Island, e a entrega do produto está prevista para o final do mês.
Na produção, a Petrobras utilizou as instalações do terminal geral de Jurong Port para fabricar esse combustível misturado. A empresa firmou um contrato de locação para o armazenamento de combustíveis e tanques B24 no terminal e observou que o processo de fornecimento de combustível renovável é o mesmo utilizado para o óleo combustível 100% mineral. Pequenos navios são usados para carregar o produto no terminal e transportá-lo até os navios consumidores. Esse processo não só assegura a entrega eficiente do produto, como também demonstra a capacidade técnica da Petrobras na produção de biocombustíveis.
Claudio Schlosser, diretor de Logística, Comercialização e Mercado da Petrobras, afirmou: "A comercialização de VLSFO com 24% de componentes renováveis no mercado asiático está alinhada com a estratégia da Petrobras de desenvolver novos produtos para o mercado de baixo carbono, criar valor para a empresa por meio da inovação e oferecer soluções nos setores de novas energias e descarbonização." Essa estratégia não apenas fortalece a presença da Petrobras no mercado asiático, mas também contribui para o desenvolvimento sustentável da indústria global de energia.









