A mineradora brasileira Vale prevê que o preço do minério de ferro se estabilizará em torno de US$ 100 por tonelada até 2026. A empresa acredita que fatores como o aumento dos custos de produção e o esgotamento de recursos em algumas minas estão remodelando a estrutura do mercado, criando um novo ponto de equilíbrio de preços.
O CEO da Vale, Gustavo Pimenta, destacou que o setor está passando por mudanças estruturais. Ele afirmou: "O esgotamento das reservas e o aumento dos custos de produção mudaram fundamentalmente o modelo de mercado, e a empresa revisou sua expectativa de preço de longo prazo de US$ 90 para US$ 100 por tonelada." A empresa estima que a indústria global de mineração perca de 50 a 60 milhões de toneladas de capacidade produtiva anualmente devido ao esgotamento natural dos depósitos. O vice-presidente executivo de Negócios e Desenvolvimento da Vale, Rogério Nogueira, acredita que essa dinâmica de oferta e demanda leva a um novo ponto de equilíbrio de custos para o setor em torno de US$ 100 por tonelada.
Para se adaptar ao novo ambiente de mercado, a Vale está ajustando seu portfólio de produtos. A empresa planeja aumentar a participação de fornecimento de minério de médio e alto teor, bem como de pelotas. Seus dados de previsão indicam que a demanda global por minério de ferro transportado por via marítima permanecerá estável nos próximos quatro anos. Ao mesmo tempo, a expansão da capacidade de produção de aço em regiões como Índia, Sudeste Asiático e Oriente Médio deve impulsionar o crescimento do consumo local de minério de ferro.
Com base na avaliação acima do mercado, a Vale reduziu sua meta de produção para 2026, projetando uma produção de minério de ferro entre 335 e 345 milhões de toneladas. A empresa continuará a investir para melhorar a eficiência operacional e a flexibilidade logística, com o objetivo de consolidar sua posição no mercado e fornecer soluções de matéria-prima para a transição para o aço verde.









