Em 26 de dezembro, o Ministério da Terra, Infraestrutura, Transporte e Turismo do Japão divulgou oficialmente o "Roteiro para o Renascimento da Indústria Naval", propondo a meta de aumentar a capacidade de produção anual de navios no país para 18 milhões de toneladas brutas até 2035. Essa meta representa aproximadamente o dobro do nível de capacidade de 2024, e estima-se que a implementação deste plano exigirá um investimento total de cerca de 1 trilhão de ienes do governo e do setor privado.
O roteiro propõe reorganizar as empresas de construção naval japonesas, por meio de colaboração vertical e horizontal, em 1 a 3 grupos operacionais, para maximizar a capacidade de produção por meio de sinergias. Para alcançar a duplicação da capacidade, o plano será implementado em três fases: de 2026 a 2028, o foco será no desenvolvimento da automação e inteligência; de 2029 a 2034, a ênfase será na construção e reforma de infraestrutura; e de 2032 a 2034, novas instalações, como docas adicionais, entrarão em operação.
O roteiro definiu cinco direções centrais para o desenvolvimento futuro, incluindo fortalecer a resiliência do sistema de construção, capacitar profissionais especializados, promover a transformação verde e inteligente, garantir a demanda por novos navios e fortalecer a cooperação global. O documento aponta que o avanço na pesquisa, desenvolvimento e construção de navios com emissão zero de carbono é crucial para melhorar a competitividade internacional das empresas de construção naval japonesas. No futuro, o foco será o desenvolvimento de navios que utilizem combustíveis alternativos como gás natural liquefeito, metanol, amônia e hidrogênio, além de uma implantação ativa em mercados emergentes, como navios transportadores de dióxido de carbono liquefeito.
Em termos de arranjos de investimento, o plano prevê o financiamento de 350 bilhões de ienes para as empresas de construção naval por meio de vários tipos de apoio financeiro. O governo contribuirá com cerca de 380 bilhões de ienes por meio de mecanismos como o "Fundo para o Renascimento da Indústria Naval", e o restante será assumido conjuntamente pelo governo e pelo setor privado.









