Imagens recentemente transmitidas pela sonda Parker Solar Probe da NASA revelaram um novo fenômeno: alguns campos magnéticos e material de uma ejeção de massa coronal (EMC) não escapam completamente do Sol, mas retornam à superfície solar e "reiniciam". Esta imagem EUV 193/195 Å mostra a coroa solar, sobreposta a uma folha de corrente heliosférica (FCH) do modelo PFSS. A imagem mostra a posição da PSP às 12:00 UTC nos dias 23 (amarelo), 24 (verde) e 25 (azul), indicando que ela cruzou rapidamente a longitude de Carrington próximo ao periélio. O campo de visão aproximado do WISPR é marcado por arcos que representam a esfera de Thomson (linha tracejada grossa) e o platô (linha tracejada fina). Locais importantes discutidos no texto também são marcados com setas e caixas laranjas. Crédito da imagem: *The Astrophysical Journal Letters* (2025).

Em dezembro de 2024, a sonda Parker Solar Probe, utilizando seu instrumento WISPR (Wide Field Imager), capturou uma ejeção de massa coronal a uma distância de aproximadamente 6,1 milhões de quilômetros da superfície solar. No rastro de condensação da ejeção, observaram-se aglomerados alongados de material solar caindo em direção ao Sol, um processo conhecido como "inflow" (fluxo de entrada). Noor Ravafi, cientista do projeto no Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins, afirmou: "Já tínhamos observado alguns indícios de que o material retornaria ao Sol dessa forma, mas é incrível ver esse processo com tanta clareza."
Os pesquisadores apontam que essa circulação do campo magnético é causada pelo rompimento e reconexão de linhas do campo magnético parcialmente esticadas em direção ao Sol, à medida que a ejeção de massa coronal (EMC) se espalha. Angelos Volidas, cientista do projeto WISPR no laboratório, explicou: "Ela permanece lá por um tempo, eventualmente retornando ao Sol para reciclagem e remodelando sutilmente a atmosfera solar." Essa remodelação pode alterar a trajetória de ejeções de massa coronal (EMCs) subsequentes, afetando assim a probabilidade de impacto com planetas.
Joe Westlake, diretor da Divisão de Heliofísica da NASA, acredita que essas informações obtidas a partir das imagens mais próximas são cruciais para a compreensão e previsão da propagação do clima espacial no sistema solar. Os cientistas estão usando essas novas descobertas para aprimorar modelos, na esperança de obter previsões mais precisas do clima espacial no futuro.












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