De acordo com o Departamento de Transporte das Filipinas (DOTr), 28 empresas japonesas manifestaram interesse em participar da licitação do contrato de operação e manutenção do Sistema Ferroviário de Transporte Norte-Sul (NSCR). Entre elas estão empresas renomadas do setor, como Mitsubishi Corporation, Hitachi Rail, Tokyo Metro, Sumitomo Corporation e Alstom Japão. Esta foi a última etapa das apresentações do DOTr no Japão, evidenciando a forte repercussão internacional do projeto.

O custo previsto para o contrato de operação e manutenção do NSCR é de 229,32 bilhões de pesos filipinos (aproximadamente US$ 4,016 bilhões), sendo implementado por meio de uma parceria público-privada. O presidente das Filipinas aprovou o plano do projeto em julho, solicitando a participação ativa de empresas ferroviárias internacionais experientes. Além das empresas japonesas, várias companhias da França, Singapura e do mercado local também demonstraram interesse. O DOTr planeja publicar o edital formal entre o final de setembro e início de outubro, incorporando o feedback de todas as partes nos documentos de licitação e no contrato de concessão.

Como um dos maiores projetos ferroviários das Filipinas, o NSCR tem 147 km de extensão, com custo estimado em 873,62 bilhões de pesos filipinos, abrangendo as regiões de Luzon Central, Grande Manila e Calabarzon, com 35 estações e diversos pátios de manutenção ao longo da linha. O projeto prevê início de operação experimental em março de 2026 e conclusão total em 2032, atendendo cerca de 1 milhão de passageiros diariamente e reduzindo o trajeto de Manila ao Aeroporto de Clark para 45 minutos, melhorando significativamente a eficiência do transporte regional. No entanto, segundo o Departamento de Planejamento Econômico, atualmente a construção do NSCR está 38,87% concluída, abaixo da meta inicial de 87%.

O projeto NSCR das Filipinas é composto pelo trecho Malolos-Clark Railway (MCRP) e o Southern Commuter Railway (SCRP), com financiamento proveniente principalmente da Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA) e do Banco Asiático de Desenvolvimento. A execução é dividida em mais de 20 pacotes contratuais, abrangendo obras civis, sistemas de sinalização e material rodante, com a maior parte dos contratos concedidos a empreiteiras japonesas, enquanto empresas da Coreia, Espanha e França também participam, formando uma colaboração multinacional.